18/12/13
07/12/13
Teias
A teia que à nossa volta vão tecendo
onde nos querem enredar, apanhar e prender
como se de pequenas e indefesas moscas
se tratasse...
será que nos conseguem na sua teia
viscosa, movediça e pegajosa enlear,
enrolar, manietar, atolar e, por último
asfixiar ou matar?
onde nos querem enredar, apanhar e prender
como se de pequenas e indefesas moscas
se tratasse...
será que nos conseguem na sua teia
viscosa, movediça e pegajosa enlear,
enrolar, manietar, atolar e, por último
asfixiar ou matar?
01/12/13
Resistir
Trouxe
neste domingo
primeiro
de Dezembro,
simbolizando
a resistência ao frio
e sevícias outras
a que nos querem votar!
Deixo-o com o calor do meu sorriso.
neste domingo
primeiro
de Dezembro,
simbolizando
a resistência ao frio
e sevícias outras
a que nos querem votar!
Deixo-o com o calor do meu sorriso.
20/11/13
05/11/13
União
Estendendo os braços
abençoando a vida
e o sol, mesmo quando se esconde...
assim seremos unos
ervinha
e sombra, reflexo...
abençoando a vida
e o sol, mesmo quando se esconde...
assim seremos unos
ervinha
e sombra, reflexo...
22/10/13
Esperança...
Já os castanhos substituíram
os outrora verdes
preparam-se os picos em riste
para o Inverno que se anuncia
nas bátegas que o céu distraidamente
deixa escapar por entre as nuvens.
Amanhã, espinhos darão rebentos,
verdes,
luzidios
amantes
do sol que se espraia pelo
prado fora...
os outrora verdes
preparam-se os picos em riste
para o Inverno que se anuncia
nas bátegas que o céu distraidamente
deixa escapar por entre as nuvens.
Amanhã, espinhos darão rebentos,
verdes,
luzidios
amantes
do sol que se espraia pelo
prado fora...
04/10/13
Amarras
Se te oferecerem
ainda que sejam de ouro
de esmeraldas,
da pedra ou mineral mais fino,
mas grades,
não te prendas,
não cedas
solta as amarras
acredita
tu podes tudo
liberta os braços
e...
Sê como a abóbora!
ainda que sejam de ouro
de esmeraldas,
da pedra ou mineral mais fino,
mas grades,
não te prendas,
não cedas
solta as amarras
acredita
tu podes tudo
liberta os braços
e...
Sê como a abóbora!
02/10/13
Alerta
Não, não deixes que te esmaguem
Que façam de ti seu chão,
levanta a cabeça
ainda que a queiram colada ao
alcatrão!
Que façam de ti seu chão,
levanta a cabeça
ainda que a queiram colada ao
alcatrão!
21/09/13
Aos amigos
Sabes?
adoro-te assim, tal como és,
quando entras, mesmo que pé ante pé,
calado e quedo
pisando o chão que nos é comum.
entra e sente-te em casa,
é para ti esta imagem que deixo
assim como
o meu beijo
nela gravado
sentes?
adoro-te assim, tal como és,
quando entras, mesmo que pé ante pé,
calado e quedo
pisando o chão que nos é comum.
entra e sente-te em casa,
é para ti esta imagem que deixo
assim como
o meu beijo
nela gravado
sentes?
05/09/13
27/08/13
Afetos
Os afetos são como as plantas. Cultivam-se com carinho regam-se com respeito e eles florescem, crescem e criam raízes profundas. Alguns, outros morrem, como as plantas. Mas nunca deixam de marcar a sua presença em nós.
Como folhinhas de um mesmo ramo percorremos os dias da vida, umas vezes rindo, outras chorando, mas sempre juntos.
Como folhinhas de um mesmo ramo percorremos os dias da vida, umas vezes rindo, outras chorando, mas sempre juntos.
15/08/13
30/06/13
Entrega
Deixo a água beijar meu corpo nu,
o sol doirar meu cabelo antigo,
a sombra matizar meu rosto
as folhas adornar meus braços
entrego-me inteira
a ti Natureza...
28/06/13
26/06/13
Águas turvas
Querem-nos
fazer caminhar em águas cada dia mais turvas... está nas nossas mãos,
vontade, determinação, inteligência e querer, delas escapar...
17/06/13
Chuva
Hoje o dia vai orvalhando as ervinhas e regando as "novidades" poupando corpo e nascentes à labuta da rega...
10/05/13
indiferenças
Não é linda a flor da malva?
Ali está simplesmente.
Tantos os passantes indiferentes
não vendo que a sua simplicidade
encobre algo que lhes pode, quantas vezes,
salvar a vida...
Ali está simplesmente.
Tantos os passantes indiferentes
não vendo que a sua simplicidade
encobre algo que lhes pode, quantas vezes,
salvar a vida...
22/04/13
27/03/13
Doces dias...
Para todos, os católicos e os não católicos, desejo um tempo de paz, amizade e fraternidade.
Deixo umas amêndoas para adoçar os dias.
Boa Páscoa!
Beijinhos e abraços.
Deixo umas amêndoas para adoçar os dias.
Boa Páscoa!
Beijinhos e abraços.
17/03/13
Sede

Toca no meu coração
Sento-me em silêncio
ouvindo-a apenas
e aos trinados dos passarinhos,
os zumbidos das abelhas,
o coaxar das rãs,
o ondular da água na cascata
sons que se lhe vêm juntar
à música que o meu coração escuta…
cascata cantando de pedra em pedra
beijando o meu corpo
que se lhe oferece sequioso
matando a sede.
Foto minha
24/02/13
A viagem
A história que vos vou contar passou-se num
tempo, em que animais, humanos e toda a natureza viviam em comunhão, harmonia e
liberdade.
Todos partilhavam o espaço comum, procuravam
conhecer-se melhor e ajudar-se mutuamente.
Hoje, vou falar-vos de uma cria de loba e de uma borboleta que, parecendo dois seres tão diferentes podem, se quiserem, encontrar pontos comuns para uma verdadeira amizade.
Hoje, vou falar-vos de uma cria de loba e de uma borboleta que, parecendo dois seres tão diferentes podem, se quiserem, encontrar pontos comuns para uma verdadeira amizade.
As crias, como todos sabem, são curiosas e
aventureiras, sempre prontas a partir à descoberta.
Certo dia, quando já queria lutar pela sua
independência, a cria afastou-se e foi andando, andando até se encontrar
totalmente perdida.
Desorientada, olhou para um lado e para outro, a ver se conseguia descortinar o caminho de volta, ao aconchego da toca e da sua família.
De repente, levantou a cabeça e mesmo por cima dela, passou um ser leve e delicado, com o corpo coberto de várias risquinhas coloridas que se abriam sobre as suas costas, como se fora um leque e que ela não conhecia.
Parou para ver melhor aquele ser extraordinário, e admirado perguntou:
Desorientada, olhou para um lado e para outro, a ver se conseguia descortinar o caminho de volta, ao aconchego da toca e da sua família.
De repente, levantou a cabeça e mesmo por cima dela, passou um ser leve e delicado, com o corpo coberto de várias risquinhas coloridas que se abriam sobre as suas costas, como se fora um leque e que ela não conhecia.
Parou para ver melhor aquele ser extraordinário, e admirado perguntou:
- Quem és e como te chamas?
- Eu sou uma borboleta e chamo-me borboleta,
respondeu o serzinho.
- O que é isso que se abre sobre as tuas
costas e para que serve? – perguntou de novo o lobinho.
- São asas e servem para voar – respondeu a
borboleta, pousando graciosamente nas costas do lobinho.
- Nunca tinha visto ninguém igual a ti. Porque
não tenho eu umas asas assim? perguntou de novo.
- És um lobinho. Os lobinhos não têm asas e
não voam.
- O que é voar?
- É poder andar pelo ar em vez de pelo chão, percorrer as flores, aspirar o seu néctar e, poder por exemplo, subir para as tuas costas sem cair nem te magoar.
- O que é voar?
- É poder andar pelo ar em vez de pelo chão, percorrer as flores, aspirar o seu néctar e, poder por exemplo, subir para as tuas costas sem cair nem te magoar.
Esta explicação aumentou ainda mais a
curiosidade do lobinho que repetiu admirado:
- Podes voar de flor em flor, conhecer outras
terras, aquelas de que os velhos lobos da alcateia falam?
- Claro que sim – respondeu a borboleta.
Lobinho e borboleta fizeram um pequeno silêncio que foi quebrado por ele.
Lobinho e borboleta fizeram um pequeno silêncio que foi quebrado por ele.
- Borboleta, vou chamar-te fluflu daqui em
diante. Queres ser minha amiga? Vais mostrar-me os mundos que conheces?
- Gosto muito desse nome que inventaste para
mim lobinho, a ti vou chamar-te simplesmente lobinho. Gosto do nome. Sim vamos
ser amigos. Eu mostro-te o mundo que conheço e tu, o que conheces.
- Mas há um problema, disse o lobinho. Não
tenho umas asas como tu e por isso não posso voar. Apenas posso correr
montanhas e vales contigo nas minhas costas.
- Tu ainda não sabes, mas não sou uma borboleta qualquer. Posso perfeitamente dar-te asas para quando precisares voar. Mas fica um segredo só nosso.
- Tu ainda não sabes, mas não sou uma borboleta qualquer. Posso perfeitamente dar-te asas para quando precisares voar. Mas fica um segredo só nosso.
- O lobinho ficou tão perplexo e ao mesmo
tempo tão feliz que apenas foi capaz de articular um sumido: está bem!
Depois disto, por ali se quedaram conversando,
conversando cada um dizendo ao outro o que conhecia do mundo.
Já tinha anoitecido e o lobinho deu-se conta de que não podia ficar ali sozinho. Disse à sua nova amiga que queria voltar para casa, mas que se tinha perdido e não sabia o caminho.
Já tinha anoitecido e o lobinho deu-se conta de que não podia ficar ali sozinho. Disse à sua nova amiga que queria voltar para casa, mas que se tinha perdido e não sabia o caminho.
- Não te preocupes, sossegou-o a borboleta. Levas-me
nas tuas costas e ensino-te o caminho para casa, queres?
- Claro
que sim. Fazes isso? Sabes o caminho para a minha toca?
- Sei. Vamos!
Chegados a casa, a mãe já ralada com a demora
do lobinho, quando os viu chegar abraçou muito o filhote e, depois das
apresentações, agradeceu à borboleta.
Mãe esta é a minha amiga fluflu. Posso brincar sempre com ela?
Mãe esta é a minha amiga fluflu. Posso brincar sempre com ela?
- Claro que podes, meu filho, respondeu
sorrindo a mãe.
Nesse dia começaram uma viagem, que ambos queriam e esperavam, não ter fim...
Foto da net alterada por mão amiga
Conto lido na Tertúlia do Grupo Et Quoi de Aveiro, em 24-2-2013
Nesse dia começaram uma viagem, que ambos queriam e esperavam, não ter fim...
Foto da net alterada por mão amiga
Conto lido na Tertúlia do Grupo Et Quoi de Aveiro, em 24-2-2013
27/01/13
Conflito
A sua cabeça era um reboliço.
O Natal aproximava-se a passos largos e ainda não tinha comprado as prendas.
O Natal aproximava-se a passos largos e ainda não tinha comprado as prendas.
- Não me posso esquecer de ninguém - pensava a
toda a hora.
Queria concentrar-se nas tarefas diárias e não
conseguia, com aquele mundo de pessoas a formarem lista na sua cabeça.
_ Não me posso esquecer de ninguém, repetia pegando numa caneta, desdobrando
uma folha de papel onde se podia ver uma espécie de lista, à qual acrescentava
mais um nome.
A lista ia crescendo num rol interminável.
O que hei-de comprar? Onde comprar? Está tudo tão caro! Este conflito interno criado entre o preço das coisas e a lista interminável roía-lhe as entranhas.
Todos os anos, se repetia esta preocupação como se de um ritual se tratasse.
Procurou a sua amiga e confidente para tentar receber algum conforto. Mas ela deu–lhe nas orelhas porque era contra este ritual das prendas. Marca de um consumismo imposto pelos grandes interesses económicos.
O que hei-de comprar? Onde comprar? Está tudo tão caro! Este conflito interno criado entre o preço das coisas e a lista interminável roía-lhe as entranhas.
Todos os anos, se repetia esta preocupação como se de um ritual se tratasse.
Procurou a sua amiga e confidente para tentar receber algum conforto. Mas ela deu–lhe nas orelhas porque era contra este ritual das prendas. Marca de um consumismo imposto pelos grandes interesses económicos.
Mas eu não quero que digam mal de mim – pensava ela com os seus botões. O que
iria dizer toda a gente se ela aparecesse sem prendas?
Marcou o dia de folga para se dedicar às compras. O Natal sem prendas não era
Natal. Ainda que fosse apenas algo sem valor nem utilidade, o que era importante
era dar uma prenda, cumprindo a tradição.
No dia de folga lá foi toda excitada entregando-se de corpo e alma ao consumismo...
À saída, com um carro enorme cheio de pequenos embrulhos, tropeçou em mais mil como ela, cheios de pressa e nervoso para cumprirem o ritual...
No dia de folga lá foi toda excitada entregando-se de corpo e alma ao consumismo...
À saída, com um carro enorme cheio de pequenos embrulhos, tropeçou em mais mil como ela, cheios de pressa e nervoso para cumprirem o ritual...
Mudou rapidamente as compras do carrinho para o porta-bagagens do seu carro,
arrancando do estacionamento de supetão, obcecada com o dinheiro que tinha
gasto, completamente passada com toda aquela gente que a tinha obrigado a filas
e filas.
Tão embrenhada ia, que não viu o sinal vermelho.
De repente, sem saber de onde vinha, ouviu um estrondo, viu um clarão e o mundo
apagou –se.Pequenos e coloridos embrulhos ficaram espalhados pelo chão...
Imagem da Net
16/01/13
Momento de Ternura
A rãzinha ficou muito descansada na minha mão, talvez por ser um momento de ternura,
numa quente tarde de Verão.
numa quente tarde de Verão.
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