A morte vestiu-se de barco em corpo de água...
Tinha asas e voava, alegre e feliz percorrendo o céu, namorando o mar, banhando-se nas suas ondas em alegres gritos de prazer sempre que recolhia no seu bico o alimento da vida, dádiva que agradecia.
Apreciava durante os seus voos tantos olhares de quem sonhava como ela, voar livre amando o mar.
Apreciava durante os seus voos tantos olhares de quem sonhava como ela, voar livre amando o mar.
Tinha asas e voava, mas... como todos os seres vivos que habitam este planeta, sabia da sua finitude e que chegaria o seu ponto de partida. O dia em que sobre as suas asas sopraria um vento leve e frio derrubando-as na areia que lhes seria manto e mortalha.
Tinha vivido cada momento e quando se diluísse iria ser parte desse mar que tanto amara em vida, por isso partia feliz de onde e para onde sempre pertencera...
foto de Z. a quem agradeço