Dobrada pela cintura,
foucinho na mão,
Cortas com desvelo
pedaços de Primavera
que carregas à cabeça
Sabes da cor
De tão preciosa carga
Não lhe conheces o nome,
Apenas o cansaço e suor
Da urze e da carqueja, conheces a flor,
Sorris,
Sabendo apenas
Que irá ser conforto de estômago e corpo
De outros seres,
Que conheces pelo nome,
e te irão um dia também
mitigar a fome.
Sorris do cansaço que negas ter,
Sorris do peso da Primavera
Que negas sentir,
Sorris apenas
E segues o teu caminho
Indiferente
Ao meu olhar que se orvalha...
Uma menina que encontrei nas minhas deambulações e a quem tirei uma foto com a sua autorização. O rosto ficou na sombra com um propósito. Por isso a coloco aqui.grata!