09/01/07

ausências...


Hoje deparei com este excerto da Sophia que tanto admiro, que povoa a minha imaginação de criança, o meu mundo tão só meu e que aqui trago hoje para partilhar

“Num deserto sem água
numa noite sem lua
num país sem nome
ou numa terra nua
Por maior que seja o desespero
Nenhuma ausência é mais funda do que a tua”.

...e dei por mim a deixar abrir a fenda por onde passam as recordações...
as recordações do nosso amor.
Aquele pleno, onde todas as outras pessoas se diluiam e tu eras o sol absoluto, num firmemento onde só tu brilhavas e todas as outras estrelas eram de segunda grandeza. Onde ficávamos unidos mum abraço profundo, completamente esquecidos do resto do mundo!
Assim esquecidos...assim abraçados...assim saboreando... assim inebriados... assim...Lembras-te? Será que guardas dele alguma recordação?
Será que a Sofia sabia também, o viveu também, o sonhou, o idealizou, pois sobre ele, cantou!?
Será que ela também sabia...?????
foto R.

28 comentários:

Outsider disse...

Que bonito e que bela recordação que me trouxeste da sophia. Fizeste-me lembrar da primeira vez que li em criança o livro "A menina e o mar". Essa menina é bastante parecida contigo pois também adora o mar e vive intensamente os seus sentimentos...
Beijos.

Kaos disse...

Não sei se a Sofia sabia, mas que as tuas recordações são bem reais disso não ficam duvidas. Tu sabes e, ainda bem porque mereces esse conhecimento e muito mais.
bjs

Isa e Luis disse...

Olá menina,

Gosto muito de Sophia,

Fica o mistério se realmente sabia, creio que sim, a sua companhia era o mar sempre o mar.

Beijinhos

Isa

Amaral disse...

Vês como um amor dependente deixa sempre marcas profundas?...
Quando nos habituamos a ver no outro o único sol que brilha, quando nos passamos a considerar "de segunda", quando um abraço nos faz, repentinamente, "pequeninos" e frágeis...
O amor "prega-nos" destas partidas, porque é grandioso enquanto "dura"!...
Mas, quando é um amor sem condições, um amor pleno, igual, sem amarras ou dúvidas - transforma-se na forma mágica e ideial de abraçar a Vida...

Anónimo disse...

Fiquei presa no "abraço" que parece uma fusão tão cheia de completude! E fiquei desarvorada com a sensação da "ausência", que, pelo contraste, deixou tudo sem sentido...
Belas palavras, belos sentires...
Beijos de admiração.
Dora

Um Poema disse...

Certamente que Sophia o sabia pois descreveu-o, com a sua linguagem poetica única.
Um abraço

Anónimo disse...

Que maravilha... Tudo que que gosto no mesmo lugar...
Sophia e suas palavras que dobram o tempo...
E tu com seus pensamentos suaves e belos e nos mostrar o caminho dos dias melhores...
Recordações que nós afloram a alma...

Obrigado por isso dona moça.

Beijo na alma

:***

Luiz Carlos Reis disse...

Um texto pulgente e intenso. Sublime, pois marca uma realidade, ainda que subjetiva, daquilo que sentimos ou vivemos.

Amplexos para tí!

Alexandre Lucio Fernandes disse...

que bonnito esse excerto de sophia. e bastante lindo sua reflexão.
Estás profundamente tocante.

beijão
:)

Anónimo disse...

Por vezes ausentamo-nos no reino das recordações... mas convém voltar e viver a vida em tempo real...

Beijinhos

Anónimo disse...

Quem amou sabe... Beijos.

Plum disse...

Acredito que a Sophia sabia!Pois só quem sabe escreve daquela maneira!tal como tu!abraços!*

Explorer disse...

Não conhecia esse poema, mas é lindo...
A Sophia tinhas histórias maravilhosas e poemas magníficos...
=)

Jorge P. Guedes disse...

Estou em crer que sim, que sabia... tão bem, que assim o cantou!

Um abraço.

Jorge G - O Sino da Aldeia

gato_escaldado disse...

... - " E Vossa Eminência também amou?"
- "oh, se amei! pode lá viver-se se ter amado um dia..."

Puuuuummmm!...

Beijo

A. M. Catarino disse...

um belíssimo momento na companhia sempre refrescante de sophia

;-)

Plum disse...

Passei para te desejar um bom fim de semana!Abraços!*

Anónimo disse...

O que fica de tudo é o amor.
A memória é nossa única aliada. E aos poetas, como você, a maestria das palavras, levando aos outros emoções antes privadas.
Belo poema, Poeta.

Francisco Sobreira disse...

Cara Teresa,
Imagino que essa Sophia seja a Brayner (não sei se a grafia está correta), não? Poeta muito boa. E, como um mote dos versos dela, faz outros tão bonitos e sensíveis. Olhe, se você puder passar ainda hoje pela minha casota, poderá comer bolo e refrigerantes. Um beijo afetuoso.

Rui Martins disse...

sofia sabia porque uma parte de sofia vive em todos nós, assim como uma parte de todfos nós vive também em cada poeta. E esta comunhão é o grande mistério e maravilha da poesia...

as velas ardem ate ao fim disse...

Não há outro inverno além da solidão.


bjinhos

Isa e Luis disse...

Sabia com certeza, senão não o teria cantado!
Um beijo
Luis

Amaral disse...

Hoje, o meu comentário é bem curto:
"Faz feliz a parte de Mim que és tu!", que talvez queira dizer: "Teresa, faz Deus feliz!"
No meu sítio, tentarei explicar!...

Kaotica disse...

Sophia sabia demais. Não sei se teve um amor assim como o Sol mas pelo menos soube imaginar melhor do que ninguém como seria. É por causa dessa sabedoria e da certeza das utopias poéticas que eu tanto gosto de poesia. Esse poema toca todos os que amam ou já amaram e ainda alguns que mesmo sem um amor solar desses sabem bem imaginar como seria bom se existisse, se não estivesse ausente.
Desejo-te uma óptima semana seguindo esse sol que te ilumina ou mesmo levando-o contigo na bagagem da tua memória. Bjos.

Anónimo disse...

Saberia...Porque se renasce a cada instante, no amanhecer, bjoca

Passageiro do Tempo disse...

Um dos poemas mais belos e de que gosto mais de Sophia Mello Breyner.... fantástico texto, cheio de uma intensa honestidade...
Parabéns!

douglas D. disse...

Olá!!

Alberto Oliveira disse...

É bem provável que sim.
Quem não recorda o grande amor vivido? aquele que estava para além de tudo e de todos? (parece heresia, não é?).
Mais tarde há que cantá-lo em estilo próprio... como tu cantaste (e bem) o teu.

beijinhos.