23/11/06


Ainda que seja moinho sem vela, pintor sem tela...
mó sem fulgor, pincel sem cor...
Saberei sempre ser braço que do vento faz regaço...
e que do azul do mar faz traço...
Pois se o mar é alma que da inquietude faz calma...
a areia é pó, tristeza desfeita pelo meu coração, minha mó.

17 comentários:

Plum disse...

Que houvesse sempre um moinho por perto para desfazer todas as tristezas!!!muito bonito!abraços!*

Outsider disse...

Que bonito. Consegues captar a essência das coisas mais simples e dar-lhes uma alma...
Faes-nos sentir qual D. Quixote a arremeter contra o moinho, não para o destruir, mas para que ele nos acalme...
Beijos.

Rui Martins disse...

como cresci em Queluz, junto a umas boas dezenas de moinhos já desactivados, mas ainda reconhecíveis, a fotografia traz-me recordações da infância...

(hoje todo esse espaço está ocupado com caixotes da construção civil suburbana)

Francisco Sobreira disse...

"Saberei sempre ser braço que do vento faz regaço" ... Que beleza de verso,no meio de outros tantos de igual beleza. Belo poema, como, geralmente, são os seus, querida Teresa. Um beijo afetuoso.

Fragmentos Betty Martins disse...

Olá Tb

E como rimaste!

Está lindo este poema.

Beijinhos com carinho

José Pires F. disse...

Moinho sem vela, pintor sem tela? Não!

São os valores de alma que acolhem inquietudes várias e que amainas com essa mó de sentido único, que não é de pedra, nem tão pouco azul do mar, é de matéria e cor como qualquer grande coração.

Bem-hajas

Enorme abraço.

Anónimo disse...

E pelos vento e versos e lá se foi a moça... Belas palavras doces sentidos...

Sempre que vejo um moinho, me lembro de dom quixote e dos versos do querido Paulo Leminsk:

moinho de versos
movido a vento
em noites de boemia

vai vir o dia
quando tudo que eu diga
seja poesia

Beijo doce na alma moça poetisa.

:*

Teresa Durães disse...

estive a ler de lá de baixo até aqui. é a primeira vez que cá venho

gostei do que li, principalmente deste

bom dia

Kaos disse...

Se há coisa que a tua escrita não seja é mó sem fulgor e o teu pincel vive carregado de cor. Usas as palavras como o pintor a cor e consegues dar vida enm tudo o que tocas.
bjs

Cris disse...

Obrigado pela Visita! Posso voltar?

Um bjinho e bom Wk

Cris

Plum disse...

Bom fim de semana!!!***

mitro disse...

FANTÁSTICO!
(Aplaudo de pé!)

Nilson Barcelli disse...

É bom que tenhas a tua mó sempre afinada.
Bonitas, as tuas palavras a propósito de um moinho.
Bom fim-de-semana.
Beijos.

Anónimo disse...

"Ainda que seja"... Lindo, Tereza Poeta.
Um abraço afetuoso do,
Bosco

as velas ardem ate ao fim disse...

Parei aqui por acaso..e que feliz acaso.Adorei o teu espaço!

Adorei o teu texto, adoro moinhos...

Vou voltar espero que não te importes.

bjinhos e bfs

Belzebu disse...

Os moinhos de vento do nosso Quixote, sempre me fascinaram mais que as realidades das nossas consciências! Nunca me senti Pancho!

Saudações infernais!

António disse...

Querida Teresa!
Curto e maravilhoso este teu poema.
Do melhor que tens feito.
Muito bem!
Um destaque também para a foto (que desta vez não tem água!).
Obrigado pela tua visita e comentário.

Beijinhos