Bom amigo,
Entendo da tua necessidade de saber se me sinto bem. Entendo-a por mim.
Sabes que felizmente os dias não são iguais e sou pessoa de pegar numa
vassoura e vassourar nuvens negras...
Sabes que felizmente os dias não são iguais e sou pessoa de pegar numa
vassoura e vassourar nuvens negras...
Nem sempre, no entanto, temos a força necessária, para tantas agressões exteriores a nós, a que somos diariamente, sujeitos...
Mas sim, hoje o dia acordou risonho, fui à praça da rua comprar fruta, legumes e outras coisas necessárias à alimentação da família, ajudei e fui ajudada e por isso só tenho de dar graças pelo que me é dado. Além disso tenho as tuas palavras sempre amigas e ternas que ajudam a encher os dias de um pouco mais de sol...
Envio-te algo hoje, que sei e entendo pertencer à chamada cultura mas que para mim (isto é um segredo que te revelo) não tem qualquer valor. É austero e sempre que olho para esta concentração de riqueza, vejo a fome e sofrimento de tantos povos para que isto se materializasse e materialize em nome de um Deus que sendo amor, querem transformar em fausto e glória de bens terrenos.
Afinal nascemos, vivemos, morremos e tudo fica, até que o tempo o apague na sua borracha impiedosa, dizem uns, eu direi apenas inteligente...
Sei que sou esquisita e estranha. Tenho vivido com este estigma desde tenra idade de tal modo que já me é pele, por isso te digo este segredo por saber que me entendes e me aceitas com toda a minha estranheza, tal qual sou.
E assim, porque hoje é sexta e amanhã dizemos adeus à rotina que tanto nos "aperreia" o viver, te envio beijos na ponta dos dedos soprados com um sorriso
para que o dia te seja um pouco mais...
Mas sim, hoje o dia acordou risonho, fui à praça da rua comprar fruta, legumes e outras coisas necessárias à alimentação da família, ajudei e fui ajudada e por isso só tenho de dar graças pelo que me é dado. Além disso tenho as tuas palavras sempre amigas e ternas que ajudam a encher os dias de um pouco mais de sol...
Envio-te algo hoje, que sei e entendo pertencer à chamada cultura mas que para mim (isto é um segredo que te revelo) não tem qualquer valor. É austero e sempre que olho para esta concentração de riqueza, vejo a fome e sofrimento de tantos povos para que isto se materializasse e materialize em nome de um Deus que sendo amor, querem transformar em fausto e glória de bens terrenos.
Afinal nascemos, vivemos, morremos e tudo fica, até que o tempo o apague na sua borracha impiedosa, dizem uns, eu direi apenas inteligente...
Sei que sou esquisita e estranha. Tenho vivido com este estigma desde tenra idade de tal modo que já me é pele, por isso te digo este segredo por saber que me entendes e me aceitas com toda a minha estranheza, tal qual sou.
E assim, porque hoje é sexta e amanhã dizemos adeus à rotina que tanto nos "aperreia" o viver, te envio beijos na ponta dos dedos soprados com um sorriso
para que o dia te seja um pouco mais...
Com amizade, até outro momento
TB
foto de uma catedral de Milão
17 comentários:
Não me parece estranha... mas muito sábia. E terna.
Beijinho.
Rosarinho
És única! Só um Ser com a tua essência, tem a capacidade de "vassourar as nuvens negras"...
Rendi-me a este "segredo".
Parabéns, querida Teresa, pela sensibilidade que flui dentro de ti.
Beijinho
Et
deixo um sorriso...e o desejo de um sábado cheio de brisas mansas...
Isabel Mendes Ferreira
Isabel escreveu: "estive lá. tenho aliás uma ft de "album" com o meu filho....:) naquele dia a tua carta não tinha ainda chegado. se sim com toda a certeza estaria num placard à esquerda assinalada como "oração dos bem vindos e amados"_________________porque da estranheza da vida todos somos filhos. gostei. da próxima vez que estiver lá escrevo: olá Teresa .....conheço.te____________________ boa tarde TB. ________________________________fecho a porta. de mansinho. obrigada."
"Há palavras que nos beijam, como se..."
Há cartas que são escritas, como se cada um de nós fosse o destinatário.
E há cartas que parecem ter sido escritas por nós.
Esta é tudo isso
Boa amiga,
Entendo a tua necessidade de exteriorizar esse teu estigma na fé cega ao “preço do ouro”.
Também eu me sinto esquisito e estranho aos “valores” desta sociedade em desintegração.
Mas quando o dia acorda risonho, por entre as nuvens negras que se vão dissipando, renasce em mim a esperança de se (poder) ser sem se pertencer.
Foi com esse espírito que li esta tua “carta aberta” ao destinatário de cada um.
Cabe-nos a nós fazer de “Deus” algo mais do que uma catedral fria como a pedra onde foi edificada.
Cabe-nos a nós ver “Deus” para além das paredes e dos estigmas edificados pela ganância humana.
Quando se ajuda e se é ajudado, quando se descobrem palavras ternas que “enchem o sol com os nossos dias”, deve-se dar graças pelo facto de se ser estranho ao que não se dá valor.
Assim, foi com prazer que li o que, sem escreveres, disseste.
(Re) lendo nas tuas palavras… (in)confidencias sábias.
Com o “segredo” da mestria!
certamente que o dia foi um pouco mais, eu diria mesmo que o dia do seu amigo foi muito mais, depois de ler esta carta :) um grande beijinho*
Cartas assim, não é qualquer um que as escreve...
Gostei imenso, porque levantas a ponta do véu que te cobre...
Querida amiga, bom resto de Domingo e boa semana.
Beijos.
nossa...amei seu blog... se puder me siga também www.restosdelcorazon.blogspot.com bjux
T.
uma carta profunda.
e estranha não és (apenas não existes, no bom sentido, eu sei que entendes o que quero dizer.)
beij
Dar graças ao que temos... família...
Uma bela carta de amor
Gostei muito da carta. Até me senti que podia ser eu a recebê-la...
Um beijo, amiga
também te aceito como és.
o importante é sermos como somos.
o essencial é esta batalha em procurarmos e encontrrmos o nosso rosto.
gostei do ler-te.
brigado pela tua visita ao À Beira de Água
Cara Teresa,
Sei que já disse isso, e provavelmente mais de uma vez, mas comto com a sua benevolência em aceitar a minha repetição. Mas o caso é que sempre que venho à sua casota, saio dela com a alma satisfeita por encontrar coisas tão bonitas e bem escritas, como esse texto. Mas me permita acrescentar que fiquei surpreso em você se dizer "esquisita e estranha". Não é essa a impressão que tenho de você, nesse nosso "convívio" de bem uns 4 anos. Aceite o meu beijo afetuoso.
Ao verdadeiro destinatário, a verdadeira interpretação. A todos os outros, a suave brisa das palavras...
Tudo de bom para ti,
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