A morte vestiu-se de barco em corpo de água...
Tinha asas e voava, alegre e feliz percorrendo o céu, namorando o mar, banhando-se nas suas ondas em alegres gritos de prazer sempre que recolhia no seu bico o alimento da vida, dádiva que agradecia.
Apreciava durante os seus voos tantos olhares de quem sonhava como ela, voar livre amando o mar.
Apreciava durante os seus voos tantos olhares de quem sonhava como ela, voar livre amando o mar.
Tinha asas e voava, mas... como todos os seres vivos que habitam este planeta, sabia da sua finitude e que chegaria o seu ponto de partida. O dia em que sobre as suas asas sopraria um vento leve e frio derrubando-as na areia que lhes seria manto e mortalha.
Tinha vivido cada momento e quando se diluísse iria ser parte desse mar que tanto amara em vida, por isso partia feliz de onde e para onde sempre pertencera...
foto de Z. a quem agradeço
9 comentários:
"O dia em que sobre as suas asas sopraria um vento leve e frio..."
É o que de mais certo temos, da Vida".
Mas esse dia não é hoje.
Esse dia será num amanhã tão distante quanto a força de viver possa impelir.
Um texto belo.
Mas triste...
Que a Vida te sorria, sempre.
Com o prazer de lhe namorares a "finitude" dos caminhos de cada um.
T.
conseguiste escrever com uma leveza enorme um dos teus melhores textos.
a acompanhar uma foto belissima.
parabéns.
beij
Embora a temática expresse tristeza, é um texto de grandiosa sensibilidade e inspiração poética.
Beijos
O amor tem asas e voa, não é bom nem é mau, é difícil...
Obrigado pela foto.
Z.
Voou para o seu destino: (a)mar
É assim a vida...
Gostei do texto, é muito bom. Prosa de boa poética.
Beijos, querida amiga.
A vida
é um vagaroso instante
Da vida efémera...
Um beijo, amiga.
Querida amiga, bom resto de Domingo e boa semana.
Beijos.
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