07/12/15

Sede de poder



Era uma vez um país
Que por graça ou condão
Tinha à frente a mandar
Uma grande obsessão.
agarrado com unhas e dentes
ninguém o fazia sair
parecia lapa na rocha
sempre a falar, a falar, sempre a inventar
Para aos mais distraídos enganar...
Tão alto quis subir,
Tanto quis gosmar
Tanto quis subtrair
Tanto quis enganar
Arranjou um cooperante
Tão ou mais desesperante
Que até os mais distraídos
Um dia prestaram atenção
Uniram-se a peito
E fizeram uma votação
Gritaram alto e bom som
Que assim não podia ser,
Que já era demais
Tanto roubo e penacho
E nas urnas ou no governo
meteriam o cooperante
e, se possível, o mandante
no tacho!

Escrito para a Tertúlia do Et Quoi cujo tema era: Obsessão

4 comentários:

Unknown disse...

A Lapa na rocha é uma simbólica e bela imagem para a sede e ganância do Poder.
Abraço

Manuel Veiga disse...

excelente "charge"...

que nunca as letras te doam...

beijo

Jaime Portela disse...

Já era mesmo de mais...
E até que enfim que a esquerda acordou.
Um poema para memória futura, gostei imenso.
Teresa, continuação de boa semana.
Um abraço.

Mar Arável disse...

Já engoli um sapo
não estou disponível para engolir uma rã

Bj