Quando
nasceste
Trazias
em ti a semente da liberdade
Liberdade
de dizer
Liberdade
de fazer
Liberdade
de descobrir
Caminhos
há muito fechados.
O solo estava fértil, sequioso, ávido
O solo estava fértil, sequioso, ávido
Para
te acolher
E
tu germinaste
Abriste-te
em flor
E
foste
Música
há muito calada
E
foste obra
Há
muito censurada
E
foste criança
Estendendo
braços
Há
muito dobrados
E
foste rio, mar
De
gente
Que
em praças, largos
Ruas,
avenidas
se
manifestava
e
foste pão, paz, escolas, estradas
abertas,
escancaradas à evolução.
E
foste tanto,
E
deste tanto
E
fizeste tanto
Homem
Grande
E
inimigos também
Estes,
de morte,
Que
por todos os meios
Te
procuram calar
Silenciar
Abafar
Atrofiar
Aniquilar
Atolar
Sufocar
Pouco,
a pouco
Lentamente
Para
que te não possas defender
E
agora,
Jovem
adulto
Te
vemos aos poucos morrer
Sem
que àqueles que te deram vida
Seja
possível falar
Na
casa a que chamam da democracia,
Que
ajudaste a criar.
que as sementes que geraste
que as sementes que geraste
Voltem
a germinar
E
corram para bem longe
Com
aqueles que te querem
De
vez, matar!
7 comentários:
É um belo poema, ode à esperança amordaçada. Mas não morta.
Aqui deixo uns Versos de António Aleixo:
" Quem prende a água que corre
É por si próprio enganado.
O ribeirinho não morre,
Vai correr por outro lado. "
Beijo.
Viva Abril.
Não há morte para o sonho
Bjs
Pelo sonho é que vamos
um grito a lembrar o sonho que não pode nem deve morrer.
e viva Abril mesmo que os cravos já estejam murchos.
:)
Um poema que é um grito de mágoa.
Há que ter esperança. A Liberdade é o nosso maior bem...
Beijo e Boa Páscoa.
Abril não pode morrer.
Excelente poema, gostei imenso.
Faz mais poesia, tens talento.
Teresa, querida amiga, espero que a tua Páscoa tenha sido muito boa.
Tem uma óptima semana.
Beijo.
não basta sonhar ... h+a que semear para que o sonho floresça...é preciso fazer...é preciso acreditar...
Gostei deste teu Sementes de Abril***
abraço e brisas doces ***
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