30/11/06

e...a magia acontece


Alcochete
O ponto
O encontro
O contentamento...
logo abaixo do lindo tejo
sim, passeio na sua margem e espraio o olhar
vejo do outro lado a cidade grande onde tudo acontece
tao lindo...
caminha comigo ao lado dele
sentes como ele traz o sabor das gentes
das terras por onde passa?
e os cheiros da maresia
dos montes que cruzou?
Adoro-o
e os sons dos pássaros ao entardecer
esse cheiro intenso
mar feito perfume
e o sol despedindo-se
beijando-o as suas águas lentamente...
naquele brilho reflectido na água
adormece assim
em mim
num entardecer
sossegadamente adormecendo
no silêncio do rio.. que chama pelo mar
apreciando as suas marés vazias
gravo a tua expressão serena em mim
os barcos partindo para a faina da pesca,
chegando com o fruto do seu trabalho
num vaivém sem fim...
e neste remanso
neste descanso
neste encantamento
abro os meu braços
num fraterno abraço
e acolho
o círculo do tempo,
e do sentimento
que se espraia
olhar ao vento...


foto do círculo...:)

25 comentários:

Anónimo disse...

Olá Princesa,
Se Alcochete para mim já tinha um maravilhoso brilho, agora está em palavras esse meu enorme sentimento de carinho... palavras as tuas, sempre lindas, sempre encaminhadas para o sentimento... as tuas palavras!
Para quem não conhece Alcochete, deixo aqui a primeira imagem que me vem à memória.. depois da luz e boa energia que emana, a cidade tem laranjeiras nos passeios, como árvores de sombra! Amei esse lado original.
Quanto ao poema... ah! como a nossa terra, a terra que adoptamos nos faz sentir especiais.
Muito lindo.
Beijocas.
Carmen

Kaos disse...

Nunca saberia descrever o rio da minha cidade, que apesar de ser o mesmo que o teu, como tu o sabes fazer. Para mais acompanhado por uma imagem que foi tirada num dia em que andou por ai gente feliz.
bjs e bfs

Francisco Sobreira disse...

Minha Amiga, Como é comovedor esse teu vínculo com a natureza, sobretudo com o mar. E o amor ao mar se confundindo, ou sublinhando o Amor. Um beijo afetuoso.

Outsider disse...

Olá Teresa. Quem me dera ter esse dom que tu tens de exprimir sentimentos em palavras. Que bem que descreves o teu amor pelo Tejo e a beleza de um por do sol, visto de um certo sítio que nós sabemos... :)
Já estou com saudades do círculo... Foi um fim de semana fantástico! Já estou nostálgico...
Beijos e bom fim de semana.

Anónimo disse...

Uma clorida e sentida descrição desse cantinho tão especial, com essa cor e vida tão caracteristica... Uma sentida recordação de "gente feliz", como disse o Kaos...

Saudade! - Essa nossa palavra, que se aplica a tanto e a esse lugar e a essa "gente feliz"...

Jinho!

Bom fim-de-semana!

Anónimo disse...

Um lugar tão pequeno em espaço e tão grande no meu coração, pois os momentos aí vividos num singelo dia estão para sempre presentes na minha memória. Fantástico teresa, exprimes como ninguém.

Rui Martins disse...

bem me parecia que a conhecia... até acho que sei quem a tirou...

Alberto Oliveira disse...

É uma terra que ainda conserva o perfume de algumas coisas boas que se vão perdendo na voragem dos tempos recentes. Como o odor das árvores de fruto (laranjeiras)já citadas em comment anterior, que se cruza com o da maresia...

Jinhos e um óptimo fim-de-semana!

Kaotica disse...

Belas palavras que fluem do rio ao coração, do coração ao rio, confundindo-os numa mesma paixão. Alcochete tão perto e tão saudoso. Uma imagem bela que vem confirmar a realidade do momento. O círculo recorda e sente como tudo isto é verdadeiro.
Desejo-vos um fim de semana a contemplar essa beleza.
Abraços!

Isa e Luis disse...

Olá,

Gostei de ler. Uma linda homenagem ao rio que espalha energia sem limite.

Bom fim de semana com muita alegria

Beijo

Isa

Jorge P. Guedes disse...

Gostei de ler este canto ao rio e à tranquilidade com agrande cidade buliçosa como fundo e ao mesmo tempo tão perto e tão distante.

Em Alcochete adoro comer sardinhas, nos pequenos restaurantes com esplanadas no passeio. Que ricas sardinhas!

Gostei da sensibilidade colocada nas palavras.

Saudações

Jorge G - O sineiro da aldeia

Nilson Barcelli disse...

Conheço muito mal Alcochete, mas as tuas belíssimas palavras fazem luz sobre algumas das suas cracterísticas.
Bom fim-de-semana.
Beijinhos.

Alexandre Lucio Fernandes disse...

Minha amiga. Venho aqui te convidar a participar de minha festinha. lá no blog.
Vai lá, tem bolo e muita diversão.
sirva-se e comemore conosco.
Conto com a sua ilustre presença

beijos
;)

M&S disse...

olá!...

José Pires F. disse...

Querida amiga,

E só canta assim ao rio
quem o sente…
e dele gosta,
e da sua gente.


Alguém falou em sardinhas ali atrás… Eu sou doido por sardinhas, só de falar fico logo com vontade e se as cheirar, então…
Mas as douradas estavam óptimas e não sabiam a carne, sabiam a mar, que é ao que devem saber.

Enorme abraço.

Anónimo disse...

E a doce moça e seu versos...

Estas cheia de via, palavras desenham o que lemos, hum que vontade de poder assim sentir tudo...

Belíssimo...

Já essa foto é covardia né... Só de olhar coração aperta... Linda demais...

Beijo e otima semana pra tu

:*

Plum disse...

E a magia acontece nas coisa mais simples, que são também as mais belas!abraços!*

as velas ardem ate ao fim disse...

Bonito.

Bjinhos

Amaral disse...

Parece que a barca brilha sobre as ondas e encanta as águas revoltas com um sorriso de Sol aberto.
Parece que a barca passeia nas palavras que fazem os versos deste poema, é isso!...

Kaos disse...

O circulo não sei (mas imagino que também ) agora eu ando com saudades de ler mais coisas bonitas por aqui.
bjs

agua_quente disse...

Tão bonita, essa tua ligação à terra que não sei se será tua mas que sentes como tua. São os sons, os cheiros, as cores que nos prendem. E tu sabes dizê-lo.
Beijos

Anónimo disse...

Olá. Gostei muito do seu blog. Tá muito lindo. As palavras são com sentimento.
Apesar de não saber kem sois, quero deixar aki o meu comentario, embora desconfie.
Bjinhos

António disse...

Querida Teresa!
Belíssimo este poema (ou prosa poética?).
Como habitualmente eivado de lirismo e com a água a salpicá-lo.

Beijinhos

Anónimo disse...

Alcochete era aquela vila sossegada e bonita quando, antes da ponte Vasco da Gama, estava a 75 km de Lisboa. Agora está a transformar-se em mais um dormitório da capital e mais parece uma floresta de gruas. Espero que depois do "desenvolvimento" ainda sobre alguma coisa do Alcochete que valia pela paisagem, pelos passeios no cais, pelo "copo" naquele barzinho com música, em frente ao pontão e pelo belo pôr-do-sol em Fevereiro. Vai-se transformando tudo e quando damos por isso o Mundo é um monte de sucata.
Bjs***

Anónimo disse...

Viajei nas tuas emoções - aqui, também são um pouco minhas -, e, na intensidade das tuas palavras que envolveram a minha alma.

Esta homenagem às "duas margens", é mágica, intensa e rica metaforicamente. Simplesmente, adorei!

Beijo


Et